Coro Infantil Casa da Música

Coro Infantil Casa da Música

Coro Infantil Casa da Música

BIOGRAFIA

O Coro Infantil Casa da Música é um dos grupos residentes da instituição, justificando por talento próprio a sua estreia pública num dos concertos maiores de 2017: no Dia Mundial da Música, juntou-se à Orquestra Sinfónica do Porto Casa da Música, ao Coro Nacional de España e ao Coro Lira para interpretar o War Requiem de Benjamin Britten. Desde então, já cantou a Missa em Si menor de Bach, o Stabat Mater de Dvořák, o Te Deum de Berlioz e a Carmina Burana de Carl Orff, partilhando o palco com a Orquestra Sinfónica, a Orquestra Barroca e o Coro Casa da Música, o Coro Nacional de España e o Ensemble Vocal Pro Musica. Repertórios heterogéneos, em que se incluem músicas tradicionais de diferentes países, dão forma aos seus concertos regulares em nome próprio. Entre estes destacam-se a celebração do centenário de Eugénio de Andrade, com poemas musicados por Fernando Lopes-Graça, e um programa resultante de uma residência em Portugal de Jim Papoulis, compositor norte-americano dedicado à música infanto-juvenil.

Formado por cerca de 50 crianças, o Coro Infantil Casa da Música resulta e é parte integrante de uma dinâmica iniciada no ano letivo de 2016/2017 e que continua. Em articulação com as escolas básicas de Quatro Caminhos (Matosinhos), Lomba (Porto) e Quinta das Chãs (Vila Nova de Gaia), desenvolveu-se um processo de formação coral que chamou cerca de 350 crianças, agregou educadores e famílias, motivou as comunidades vizinhas. Deste percurso resultaram três grupos corais, um por escola, de onde saem as vozes do Coro Infantil. São, assim, quatro estruturas a evoluir numa geografia alargada, orientadas pelo Serviço Educativo. Exploração de repertórios corais, composição coletiva e incentivo ao sucesso curricular são alicerces deste projeto.

MAESTRO TITULAR

RAQUEL COUTO

Raquel Couto nasceu no Porto, em 1988. Desde cedo, os seus estudos no Curso de Música Silva Monteiro relacionaram-se com a área da música coral. Licenciou-se em Direção Coral, com o maestro Paulo Lourenço, na Escola Superior de Música de Lisboa. Com o objetivo de aprofundar os seus conhecimentos na área da pedagogia coral infanto-juvenil, foi participando em cursos e formações com os maestros Stephen Coker, Eugene Rogers, Paul Caldwell e Brett Scott (EUA); Werner Pfaff (Alemanha); Paul McCreesh, Greg Beardsell e Rachel Joy Staunton (Inglaterra); Elisenda Carrasco, Esteve Nabona e Basilio Astulez Duque (Espanha); Patrícia Costa (Brasil) e Maria Guinand (Venezuela). Frequentou, em 2012, o curso “Write an Opera”, na Royal Opera House, em Londres.

Tem lecionado as disciplinas de coro infantil e juvenil em academias e conservatórios como a Fundação Musical dos Amigos das Crianças (Lisboa) e o Conservatório de Vila Real. Leciona na Academia e Escola Profissional de Música de Espinho, na qual dirige o Coro Crescendo e o Ensemble Vocal do Secundário. Faz preparação vocal de vários grupos e escolas de teatro, entre os quais a escola profissional Balleteatro.

Raquel Couto

É um dos elementos fundadores do grupo vocal a cappella PopUp – Vozes Portáteis e foi fundadora e maestrina do SHINE Coro Gospel (Lisboa).

É maestrina titular do Coro Infantil Casa da Música e tem participado noutros projectos desenvolvidos nesta instituição — foi maestrina assistente na interpretação da Sinfonia n.º 4 de Charles Ives e de Das klagende Lied de Mahler, pela Orquestra Sinfónica do Porto Casa da Música. Tem também feito comentários e narração em concertos desta orquestra, destacando-se as obras Cinderela de Prokofieff e Ma Mère l’Oye de Ravel.

Integra o grupo de formadores do Serviço Educativo da Casa da Música.

É fundadora e diretora artística do Coro Lira (Infantil, Juvenil e Adultos), formação que se tem apresentado em diversas salas do Porto e que estreou dez obras de compositores portugueses no espetáculo “Coisas Que Não Há Que Há” (Teatro Nacional São João), encenado por Catarina Lacerda (Teatro do Frio).

MÚSICOS

Adriana Moreno

Afonso Guimarães

Alice Caldeira

Ana Bernardo

Ana Rita Brenhas

António Fontelonga

Beatriz Pinto

Carolina da Silva Moreira

Carolina Guedes

Carolina Oliveira

Carolina Rocha

Carolina Rodrigues Moreira

David Ferreira

Dinis Duarte

Dinis Moreira

Elana Mendes

Erica Azevedo

Ester Duarte

Francisca Soares

Gabriel Silva

Joana Sousa

João Pedro Coelho

Kaila Morais

Lara Loureiro

Leandro Vieira

Leonor Costa

Leonor Oliveira

Leonor Silva

Letícia Altoé

Mafalda Couto

Margarida Teixeira

Maria Clara Silva

Maria Eduarda Pimentel

Maria Emília Costa

Maria Francisca Brito

Maria Miguel Ribeiro

Maria Rita Andrade

Matilde Costa

Matilde Leite

Matilde Pinheiro

Nair Bilber

Pedro Soares

Rafaela Filipe

Rafaela Sousa

Rita Silveira

Salvador Fonseca

Sarah Pressler

Suéli Fernandes

Wellington Ramos

Formadores

Raquel Couto (maestrina titular)

Joana Leite Castro (técnica vocal)

Jonas Pinho (formação musical)

Dalila Teixeira e Duarte Cardoso (pianistas acompanhadores)

PRÓXIMOS CONCERTOS

Coro Casa da Música

Coro Casa da Música

Coro Casa da Música
Coro Casa da Música

BIOGRAFIA

Fundado em 2009, o Coro Casa da Música apresenta-se regularmente na Casa da Música e em digressão. É constituído por uma formação regular de 18 cantores, que se alarga a formação média ou sinfónica em função dos programas apresentados. Contou com Paul Hillier como maestro titular, até 2019, e tem sido também dirigido por outros maestros prestigiados no âmbito da música coral, como Simon Carrington, Nicolas Fink, Antonio Florio, Robin Gritton, Sofi Jeannin, Andrew Parrott, Marco Mencoboni, Kaspars Putniņš, Nacho Rodríguez, Gregory Rose, Nils Schweckendiek, Léo Warynski e James Wood. As suas participações em programas corais-sinfónicos levam-no a trabalhar com os maestros Martin André, Stefan Blunier, Douglas Boyd, Baldur Brönnimann, Olari Elts, Leopold Hager, Michail Jurowski, Michael Sanderling, Christoph König, Peter Rundel, Vassily Sinaisky e Takuo Yuasa, destacando-se ainda os programas de música antiga com especialistas como Laurence Cummings, Paul McCreesh e Hervé Niquet.

As temporadas do Coro Casa da Música revelam um repertório eclético que se estende desde os primórdios da polifonia medieval à nova música. Ao longo dos anos, apresentou em estreia mundial obras de Michael Gordon, Gregory Rose, Manuel Hidalgo, Carlos Caires e ainda uma partitura reencontrada de Lopes-Graça. Mais recentemente, dividiu com o Remix Ensemble a primeira audição mundial do Requiem de Francesco Filidei. Fez ainda estreias nacionais de obras de compositores fundamentais do nosso tempo como Birtwistle, Manoury, Dillon, Haas ou Rihm, e tem interpretado outras figuras-chave dos séculos XX e XXI, como Lachenmann, Schoenberg, Stockhausen, Gubaidulina ou Cage.

A música portuguesa tem sido um dos focos de atenção do Coro, com programas dedicados ao período de ouro da polifonia renascentista, a Lopes-Graça ou a obras corais-sinfónicas como o Requiem à memória de Camões de Bomtempo e o Te Deum de António Teixeira. O seu primeiro disco, dedicado a Fernando Lopes-Graça, será brevemente editado pela Naxos.

As colaborações com os agrupamentos instrumentais da Casa da Música têm permitido ao Coro a interpretação de obras como: Vésperas de Monteverdi, Te Deum de Charpentier, Missa em Si menor, Oratória de Natal e Magnificat de Bach, Messias de Händel, As Estações e A Criação de Haydn, Requiem de Mozart, Gurre-Lieder de Schoenberg, Sinfonia Coral e Missa Solemnis de Beethoven, Requiem Alemão de Brahms, Requiem de Verdi e muitas outras.

O Coro Casa da Música faz digressões regulares, tendo atuado no Festival de Música Antiga de Úbeda y Baeza e no Auditório Nacional de Madrid, no Festival Laus Polyphoniae em Antuérpia, no Festival Handel de Londres, no Festival de Música Contemporânea de Huddersfield, no Festival Tenso Days em Marse­lha, nos Concertos de Natal de Ourense e em várias salas portuguesas.

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Orquestra Barroca Casa da Música

Orquestra Barroca Casa da Música

BIOGRAFIA

A Orquestra Barroca Casa da Música formou-se em 2006 com a finalidade de interpretar a música barroca numa perspetiva historicamente informada. Para além do trabalho regular com o seu maestro titular, Laurence Cummings, a orquestra apresentou-se sob a direção de Rinaldo Alessandrini, Alfredo Bernardini, Amandine Beyer, Fabio Biondi, Harry Christophers, Antonio Florio, Paul Hillier, Paul McCreesh, Riccardo Minasi, Hervé Niquet, Andrew Parrott, Rachel Podger, Christophe Rousset, Dmitri Sinkovsky, Andreas Staier e Masaaki Suzuki, na companhia de solistas como Andreas Staier, Roberta Invernizzi, Franco Fagioli, Peter Kooij, Dmitri Sinkovsky, Alina Ibragimova, Rachel Podger, Marie Lys, Iestyn Davies, Rowan Pierce, Andreas Scholl, Pieter Wispelwey e os agrupamentos The Sixteen, Coro Casa da Música e Coro Infantil Casa da Música.

Os concertos da Orquestra Barroca têm recebido a unânime aclamação da crítica nacional e internacional. Fez a estreia portuguesa da ópera Ottone de Händel e, em 2012, a estreia moderna da obra L’Ippolito de Francisco António de Almeida. Apresentou-se em digressão em Espanha (Festival de Música Antiga de Úbeda y Baeza e em Ourense), Inglaterra (Festival Handel de Londres), França (Ópera de Dijon e Festivais Barrocos de Sablé e de Ambronay), Alemanha (BASF em Ludwigshafen am Rhein), Áustria (Konzerthaus de Viena) e China (Conservatório de Música da China em Pequim), além de concertos em várias cidades portuguesas – incluindo os festivais Braga Barroca e Noites de Queluz. Ao lado do Coro Casa da Música, interpretou cantatas de Natal, a Missa em Si menor e as oratórias de Páscoa, de Ascensão e de Natal de Bach, Te Deum e Missa Assumpta est Maria de Charpentier, o Messias de Händel e as Vésperas de Santo Inácio de Domenico Zipoli. Em 2015 estreou-se no Palau de la Musica em Barcelona, conquistando elogios entusiasmados da crítica. Ainda no mesmo ano, mereceu destaque a integral dos Concertos Brandeburgueses sob a direção de Laurence Cummings. Tem tocado regularmente com o cravista de renome internacional Andreas Staier, com quem gravou o disco À Portuguesa (Harmonia Mundi, 2018), que incluiu dois concertos de Carlos Seixas e foi apresentado em atuações no Porto e em digressão — Ópera de Dijon, BASF em Ludwigshafen am Rhein, Konzerthaus de Viena e Noites de Queluz em Sintra. Nas últimas temporadas, interpretou os Stabat Mater de Pergolesi e de Vivaldi, as Vésperas de Monteverdi e excertos da Arte da Fuga de Bach.

A Orquestra Barroca Casa da Música editou em CD gravações ao vivo de obras de Avison, D. Scarlatti, Carlos Seixas, Avondano, Vivaldi, Bach, Muffat, Händel e Haydn, sob a direção de alguns dos mais prestigiados maestros da atualidade internacional.

MAESTRO TITULAR

LAURENCE CUMMINGS

Laurence Cummings é um dos músicos mais versáteis na corrente da interpretação histórica em Inglaterra, como cravista e como maestro. É diretor musical da Academy of Ancient Music, do Handel Festival de Londres e da Orquestra Barroca Casa da Música. É considerado uma autoridade na música de Händel e “um dos melhores divulgadores do compositor em todo o mundo”.

Aclamado frequentemente pelas suas interpretações sofisticadas e empolgantes nos teatros de ópera, tem-se apresentado um pouco por toda a Europa, dirigindo produções para a Ópera de Zurique (Belshazzar, King Arthur), o Theater an der Wien (Saul), a Ópera de Gotemburgo (Orfeu e Eurídice de Gluck, Giulio Cesare, Alcina e Idomeneo), o Théâtre du Châtelet (Saul) e a Ópera de Lyon (Messias). No Reino Unido é convidado regular da English Nacional Opera (Radamisto, L’Incoronazione di Poppea, Semele, Messias, Orfeu e Indian Queen), do Glyndebourne Festival (Saul, Giulio Cesare e Fairy Queen) e do Garsington Opera (L’Incoronazione di Dario, L’Olympiade e La Verita in Cimento de Vivaldi). Apresentou-se ainda no Linbury Theatre Covent Garden (Berenice e Alceste), na Opera North (L’Incoronazione di Poppea), no Buxton International Festival (Tamerlano e Lucio Silla de Mozart) e na Opera Glassworks (The Rake’s Progress). Na temporada 2020/21 organizou a última edição do Festival Internacional Händel de Göttingen na qualidade de Diretor Artístico, cargo que ocupou durante nove anos.

É também um maestro experiente nas salas de concerto, sendo frequentemente convidado para dirigir orquestras de instrumentos de época e modernos, entre as quais a Academy of Ancient Music, a Orchestra of the Age of Enlightenment, o English Concert, a Handel and Haydn Society em Boston, a Orquestra Barroca da Croácia, La Scintilla (Zurique), a Juiliard 415, o Musikcollegium Winterthur, a St Paul Chamber Orchestra, as Orquestras de Câmara de Basileia, Moscovo e Escócia, e as Sinfónicas de Washington, Kansas, Jerusalém e da Rádio de Frankfurt. No Reino Unido dirigiu a Royal Northern Sinfonia, a Orquestra Hallé, a Sinfónica de Bournemouth, a Filarmónica Real de Liverpool, a Orquestra do Ulster e a Orquestra Real Nacional Escocesa.

A sua discografia inclui gravações com Emma Kirkby e a Royal Academy of Music (BIS), Angelika Kirschlager e a Orquestra de Câmara de Basileia (Sony BMG), Maurice Steger e o English Concert (Harmonia Mundi), e Ruby Hughes e a Orchestra of the Age of Enlightenment (Chandos), bem como um ciclo de óperas e concertos gravados no Festival Internacional Händel de Göttingen (Accent). Gravou ainda numerosos discos em recital de cravo solo e música de câmara para a Naxos.

Foi bolseiro de órgão no Christ Church em Oxford, onde se diplomou com distinção. Até 2012, foi diretor dos estudos de Performance Histórica na Royal Academy of Music, criando no curriculum a prática em orquestras barrocas e clássicas. É agora William Crotch Professor de Interpretação Histórica.Natural de Friedrichshafen (Alemanha), Peter Rundel estudou violino com Igor Ozim e Ramy Shevelov, e direção com Michael Gielen e Peter Eötvös. Foi violinista do Ensemble Modern, com o qual mantém uma relação próxima como maestro. Tem desenvolvido colaborações regulares com o Klangforum Wien, o Ensemble Musikfabrik, o Collegium Novum Zürich, o Ensemble intercontemporain e o Asko|Schönberg Ensemble. Foi diretor artístico da Filarmónica Real da Flandres e da Kammerakademie de Potsdam. Em 2005 foi nomeado maestro titular do Remix Ensemble Casa da Música. Profundamente comprometido com o desenvolvimento e a promoção de jovens talentos musicais, fundou no Porto a Academia de Verão Remix Ensemble.Peter Rundel recebeu numerosos prémios pelas suas gravações de música do século XX, incluindo o prestigiante Preis der Deutschen Schallplattenkritik, o Grand Prix du Disque, o ECHO Klassik e uma nomeação para o Grammy.

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Remix Ensemble Casa da Música

Remix Ensemble Casa da Música

BIOGRAFIA

Desde a sua formação, em 2000, o Remix Ensemble Casa da Música apresentou, em estreia absoluta, cerca de 115 obras e foi dirigido por alguns dos maestros mais relevantes da cena internacional como Peter Rundel, Peter Eötvös, Heinz Holliger, Reinbert de Leeuw, Emilio Pomàrico, Ilan Volkov, Matthias Pintscher, Franck Ollu, Baldur Brönnimann, Olari Elts, entre outros. Stefan Asbury foi o primeiro maestro titular do Remix Ensemble.

No plano internacional, o Remix Ensem­ble apresentou-se nas salas mais prestigiadas de cidades como Paris, Viena, Berlim, Colónia, Zurique, Hamburgo, Donaueschingen, Antuérpia, Bruxelas, Milão, Budapeste, Estrasburgo, Amesterdão, Witten, Roterdão, Luxemburgo, Huddersfield, Orleães, Bourges, Toulouse, Reims, Norrköping, Barcelona, Madrid, Valência, Ourense, incluindo festivais como Wiener Festwochen e Wien Modern (Viena), Agora (IRCAM — Paris), Printemps des Arts (Monte Carlo), Musica Strasbourg e Donaueschinger Musiktage. Foi o primeiro ensemble português a pisar o palco da Philharmonie de Berlim (2012) e o primeiro agrupamento musical português a actuar na Elbphilharmonie de Hamburgo (2020).

Entre as obras interpretadas em estreia mundial, incluem-se encomendas a Wolfgang Rihm, Georg Friedrich Haas, Wolfgang Mitterer, Francesco Filidei, Hèctor Parra, Erkki-Sven Tüür e Daniel Moreira, além de composições de Pascal Dusapin, Georges Aperghis e Peter Eötvös. Fez ainda as estreias mundiais das óperas Philomela de James Dillon (Porto, Estrasburgo e Budapeste), Das Märchen de Emmanuel Nunes (Lisboa), Giordano Bruno de Francesco Filidei (Porto, Estrasburgo, Reggio Emilia e Milão) e da nova produção da ópera Quartett de Luca Francesconi (Porto e Estrasburgo) com encenação de Nuno Carinhas. Apresentou um projecto cénico sobre A Viagem de Inverno de Schubert na reinterpretação de Hanz Zender, também com encenação de Nuno Carinhas. O projecto Ring Saga, com música de Richard Wagner adaptada por Jonathan Dove e Graham Vick, levou o Remix Ensemble em digressão por grandes palcos europeus. Nas últimas temporadas estreou em Portugal obras de Emmanuel Nunes, Harrison Birtwistle, Peter Eötvös, James Dillon, Georg Friedrich Haas, Magnus Lindberg, Luca Francesconi, Philippe Manoury, Wolfgang Mitterer, Thomas Larcher, Christophe Bertrand, Oscar Bianchi, Philip Venables, Cathy Milliken, Rebecca Saunders e Justė Janulytė, além de inúmeras obras de compositores portugueses de várias gerações.

A temporada de 2023 inclui as estreias nacionais de duas obras de Enno Poppe, uma das quais co-encomendada pela Casa da Música. Contando com Matthias Goerne como solista, o Remix Ensemble faz a estreia mundial de uma encomenda a Jörg Widmann: uma nova versão para ensemble e barítono do ciclo de canções Dichterliebe de Robert Schumann. Divide o palco ainda com Ilya Gringolts, interpretando o Concerto para violino de Ligeti. Em Outubro, regressa à Philharmonie de Paris.

O Remix tem dezoito discos editados com obras de Pauset, Azguime, Côrte-Real, Peixinho, Dillon, Jorgensen, Staud, Nunes, Bernhard Lang, Pinho Vargas, Mitterer, Karin Rehnqvist, Dusapin, Francesconi, Unsuk Chin, Schöllhorn, Aperghis e Eötvös. A prestigiada revista londrina de crítica musical Gramophone incluiu o CD com gravações de obras de Pascal Dusapin, pelo Remix Ensemble e pela Sinfónica do Porto Casa da Música, na restrita listagem de Escolha dos Críticos do Ano 2013.

MAESTRO TITULAR

PETER RUNDEL

Peter Rundel é um dos maestros mais requisitados pelas principais orquestras europeias, graças à profundidade da sua abordagem a partituras complexas de todos os estilos e épocas, a par da sua criatividade interpretativa. Dirigiu estreias mundiais de produções de ópera na Ópera Alemã de Berlim, na Ópera Estatal da Baviera, no Festwochen de Viena, no Gran Teatre del Liceu, no Festival de Bregenz e no Schwetzinger SWR Festspiele, trabalhando com encenadores prestigiados como Peter Konwitschny, Philippe Arlaud, Peter Mussbach, Heiner Goebbels, Carlus Padrissa (La Fura dels Baus) e Willy Decker. O seu trabalho em ópera inclui o repertório tradicional e também produções de teatro musical contemporâneo inovador como Donnerstag do ciclo Licht de Stockhausen, Massacre de Wolfgang Mitterer e as estreias mundiais das óperas Nacht e Bluthaus de Georg Friedrich Haas, Ein Atemzug — die Odyssee de Isabel Mundry e Das Märchen e La Douce de Emmanuel Nunes. A produção espectacular de Prometheus, que Rundel dirigiu na Ruhrtriennale, foi premiada com o Carl-Orff-Preis em 2013. Em 2016 e 2017, dirigiu De Materie de Heiner Goebbels no Armory Hall de Nova Iorque e no Teatro Argentino La Plata, uma produção que estreou na Ruhrtriennale em 2014. Com a estreia mundial de Les Bienveillantes de Hèctor Parra, encenada por Calixto Bieito, apresentou-se pela primeira vez na Ópera da Flandres, em 2019.

Natural de Friedrichshafen (Alemanha), Peter Rundel estudou violino com Igor Ozim e Ramy Shevelov, e direção com Michael Gielen e Peter Eötvös. Foi violinista do Ensemble Modern, com o qual mantém uma relação próxima como maestro. Tem desenvolvido colaborações regulares com o Klangforum Wien, o Ensemble Musikfabrik, o Collegium Novum Zürich, o Ensemble intercontemporain e o Asko|Schönberg Ensemble. Foi diretor artístico da Filarmónica Real da Flandres e da Kammerakademie de Potsdam. Em 2005 foi nomeado maestro titular do Remix Ensemble Casa da Música. Profundamente comprometido com o desenvolvimento e a promoção de jovens talentos musicais, fundou no Porto a Academia de Verão Remix Ensemble.

Peter Rundel recebeu numerosos prémios pelas suas gravações de música do século XX, incluindo o prestigiante Preis der Deutschen Schallplattenkritik, o Grand Prix du Disque, o ECHO Klassik e uma nomeação para o Grammy.

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Orquestra Sinfónica do Porto Casa da Música

Orquestra Sinfónica do Porto Casa da Música

Orquestra Sinfónica do Porto Casa da Música

BIOGRAFIA

A Orquestra Sinfónica do Porto Casa da Música tem sido dirigida por reputados maestros, de entre os quais se destacam Stefan Blunier, Baldur Brönnimann, Olari Elts, Peter Eötvös, Heinz Holliger, Elihau Inbal, Michail Jurowski, Christoph König, Reinbert de Leeuw, Andris Nelsons, Vasily Petrenko, Emilio Pomàrico, Peter Rundel, Michael Sanderling, Vassily Sinaisky, Tugan Sokhiev, John Storgårds, Jörg Widmann, Ryan Wigglesworth, Antoni Wit, Christian Zacharias, Lothar Zagrosek, Nuno Coelho, Pedro Neves, Joana Carneiro, Abel Pereira, Tito Ceccherini e Clemens Schuldt.

Diversos compositores trabalharam também com a orquestra, no âmbito das suas residências artísticas na Casa da Música, destacando-se os nomes de Emmanuel Nunes, Jonathan Harvey, Kaija Saariaho, Magnus Lindberg, Pascal Dusapin, Luca Francesconi, Unsuk Chin, Peter Eötvös, Helmut Lachenmann, Georges Aperghis, Heinz Holliger, Harrison Birtwistle, Georg Friedrich Haas, Jörg Widmann, Philippe Manoury e Rebecca Saunders, a que se junta em 2023 o compositor e maestro Enno Poppe.

A Orquestra tem pisado os palcos das mais prestigiadas salas de concerto de Viena, Estrasburgo, Luxemburgo, Antuérpia, Roterdão, Valladolid, Madrid, Santiago de Compostela e Brasil, e em 2021 atuou pela primeira vez na emblemática Philharmonie de Colónia. Em 2023, apresenta novas encomendas da Casa da Música aos compositores Heiner Goebbels, Pedro Amaral, José Maria Sanchez-Verdú, Klaus Ospald e João Caldas. Nesta temporada, destaca-se ainda a interpretação da ópera Elektra de Richard Strauss, da cantata Carmina Burana de Carl Orff e de várias obras em estreia nacional entre as quais A House of Call. My Imaginary Notebook de Heiner Goebbels, Requiem de Hans Werner Henze, o Concerto para piano e orquestra de Ferruccio Busoni e Stele de György Kurtág.

As temporadas recentes da Orquestra foram marcadas pela interpretação das integrais das sinfonias de Mahler, Prokofieff, Brahms e Bruck­ner; dos concertos para piano e orquestra de Beethoven e Rachmaninoff; e dos concertos para violino e orquestra de Mozart. Em 2011, o álbum “Follow the Songlines” ganhou a categoria de Jazz dos prémios Victoires de la musique, em França. Em 2013 foram editados os concertos para piano de Lopes-Graça, pela Naxos, e o disco com obras de Pascal Dusapin foi Escolha dos Críticos na revista Gramophone. Nos últimos anos surgiram os discos monográficos de Luca Francesconi (2014), Unsuk Chin (2015), Georges Aperghis (2017), Harrison Birt­wistle (2020), Peter Eötvös e Magnus Lindberg (2021), além de gravações de dezenas de obras de compositores portugueses.

A origem da Orquestra remonta a 1947, ano em que foi constituída a Orquestra Sinfónica do Conservatório de Música do Porto, que desde então passou por diversas designações. Após a extinção das Orquestras da Radiodifusão Portuguesa foi fundada a Régie Cooperativa Sinfonia (1989-1992), sendo posteriormente criada a Orquestra Clássica do Porto e, mais tarde, a Orquestra Nacional do Porto (1997), alcançando a formação sinfónica com um quadro de 94 instrumentistas em 2000. A Orquestra foi integrada na Fundação Casa da Música em 2006, vindo a adoptar a actual designação em 2010.

MAESTRO TITULAR

STEFAN BLUNIER

Stefan Blunier tornou-se maestro titular da Orquestra Sinfónica do Porto Casa da Música no início de 2021. Para além dos seus compromissos no Porto, a temporada 2021/22 leva-o a dirigir a Orquestra da Suíça Romanda, a Sinfónica de Berna, a Orquestra Estatal de Darmstadt, a Sinfónica da Ópera de Toulon e a Sinfónica de Singapura. Regressa à Deutsche Oper am Rhein com Macbeth de Verdi.

Depois do grande sucesso que foi a nova produção de Wozzeck de Berg, no Grand Théâtre de Genève, em 2017, Blunier foi imediatamente convidado para uma nova produção de O Barão Cigano. Dirigiu depois Lohengrin na Ópera de Frankfurt, onde foi também bem-sucedido com Daphne, Tristão e Isolda e Carmen. É convidado frequente da Ópera Alemã de Berlim, onde se apresentou recentemente com Carmen, Salomé e O Morcego. Dirigiu Diálogos das Carmelitas de Poulenc na Ópera Estatal de Hamburgo, Os Contos de Hoffmann na Den Norske Opera (Oslo) e na Komische Oper (Berlim), e ainda uma nova produção de Der ferne Klang de Schreker na Ópera Real Sueca.

Com produções como Der Golem de Eugen d’Albert e Irrelohe de Schreker, Stefan Blunier ajudou a Orquestra Beethoven e a Ópera de Bona a conquistarem prestígio para lá da sua região, durante o período em que foi diretor geral de música da cidade, até 2016. Ambas as óperas foram editadas pela Dabringhaus & Grimm e receberam vários prémios: ECHO 2011 (Golem) e 2012 (Irrelohe), bem como o Prémio da Crítica Discográfica Alemã 2012 (Irrelohe). O seu trabalho com esta orquestra incluiu a gravação de uma impressionante discografia, com obras raramente apresentadas de Anton Bruckner, Franz Liszt e Franz Schmidt, bem como a criação de um ciclo dedicado a Beethoven.

Stefan Blunier

Como maestro de ópera, Stefan Blunier tem-se apresentado em cidades como Munique, Hamburgo, Leipzig, Estugarda, Montpellier, Oslo, Berna e Londres. Como convidado, dirigiu praticamente todas as orquestras sinfónicas das rádios alemãs, a Orquestra da Gewandhaus de Leipzig, a Sinfónica de Duisburg, o Frankfurt Museumskonzerte e muitas orquestras da Dinamarca, da Bélgica, do Extremo Oriente, da Suíça e de França. Mais recentemente, dirigiu a Sinfónica NHK (Japão), a Sinfónica Escocesa da BBC, a Sinfónica Nacional da Irlanda, a Filarmónica de Estugarda, a Sinfónica do Porto Casa da Música, as Filarmónicas de Rheinland-Pfalz e do Sul da Holanda, a Orquestra da Rádio Norueguesa e a Century Symphony Orchestra de Osaka. Paralelamente aos seus compromissos em Bona, foi maestro convidado principal da Orquestra Nacional da Bélgica (2010-2013).

Natural de Berna (Suíça), Stefan Blunier estudou piano, trompa, composição e direção de orquestra em Berna e na Escola Superior Folkwang, em Essen. É fundador do Ensemble für Neue Musik Essen. Depois das bem-sucedidas participações nos Concursos de Direção de Besançon e Malko, foi nomeado maestro titular associado em Mannheim e diretor musical e maestro titular em Darmstadt (2001-2008), antes de assumir o seu mandato como diretor geral de música da Ópera e da Orquestra Beethoven de Bona (2008-2016).

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