Filipe Quaresma

Violoncelo

Filipe Quaresma, descrito como “um dos mais interessantes músicos portugueses” (jornal Público) e elogiado pela sua “forma precisa e soberbamente articulada de tocar, cheia de paixão e bastante contemplativa” (The Strad Magazine), equilibra a sua intensa atividade a solo e na música de câmara com a docência na Escola Superior de Música e Artes do Espetáculo no Porto. É membro da Orquestra Barroca Casa da Música, do Darcos Ensemble, do Sond’Ar-te Electric Ensemble e da Orchestre Révolutionnaire et Romantique, além de ser principal violoncelo convidado do Remix Ensemble Casa da Música. Em 2023 criou o BEYRA Laboratório Artístico — Ensemble Orquestral da Beira Interior, do qual é diretor artístico.

A sua formação inclui estudos com Rogério Peixinho na EPABI, David Strange e Mats Lidström na Royal Academy of Music, bem como Natalia Gutman na Scuola di Musica di Fiesole (Itália). Detentor do prestigiado título ARAM (Associate Royal Academy of Music), foi distinguido com diversos prémios e bolsas de prestígio nacional e internacional.

Apresentou-se em algumas das mais importantes salas e festivais de Portugal, da Europa e dos Estados Unidos da América, onde colabora regularmente com prestigiados músicos. Enquanto solista, tocou com diversas orquestras nacionais e internacionais, destacando-se a estreia, em 2017, do Concerto para violoncelo e orquestra de Luís Tinoco, obra a si dedicada, com a Orquestra Sinfónica Portuguesa sob direção de Pedro Neves. Esta interpretação foi posteriormente lançada ao vivo pela Odradek Records no álbum The Blue Voice of the Water. Estreou ainda Circumnavigare (2019) de António Chagas Rosa, com a Orquestra Metropolitana de Lisboa e Pedro Amaral, e o Triplo Concerto (2020) de Miguel Azguime, no CCB, com o Sond’Ar-Te Electric Ensemble e a Camerata Alma Mater sob direção de Pedro Neves.

O seu percurso é marcado pela estreia de inúmeras obras de compositores nacionais e Internacionais, nos mais variados contextos e formações. Em Portuguese Music for Solo Cello, fez a primeira gravação de obras para violoncelo solo de Carlos Azevedo, Miguel Azguime, Nuno Côrte-Real e Ricardo Ribeiro. A sua colaboração com Luís Tinoco estendeu-se ao álbum Aleppo and Other Silences (Artway Next, 2022), onde interpreta Prolonging para violoncelo solo, além de outras obras de câmara do compositor.

Como diretor artístico do BEYRA Laboratório Artístico, Filipe Quaresma tem um papel ativo no apoio a jovens músicos emergentes, assim como no apoio à criação e difusão de repertório contemporâneo. No âmbito deste projeto, realizou a estreia da obra a si dedicada Short Term Memory, de Carlos Azevedo, e do Concerto para violoncelo n.º 2 de Luís Tinoco, reforçando o compromisso do BEYRA com a inovação musical e o futuro da música erudita em Portugal.

A sua discografia, entre muitos outros títulos, inclui Sonatas para violoncelo e piano (Artway Records, 2017) e Beethoven Cello Sonatas & Variations (Artway Records, 2021) com o pianista António Rosado, e Bach Cello Suites (Artway Next, 2023). Os discos com Beethoven e Bach foram gravados com o violoncelo Montagnana “Suggia”, gentilmente cedido pela Câmara Municipal do Porto.

Compromissos futuros incluem concertos com a Constellation Orchestra de Sir John Elliot Gardiner, a estreia portuguesa de The Protecting Veil de John Tavener (no Festival À Corda) e a estreia de uma nova obra de Vasco Mendonça (com o acordeonista João

Barradas e o Ensemble Orquestral da Beira Interior sob a direção de Peter Rundel). Em 2025, dará início a um novo ciclo de concertos com a sua curadoria, o Ciclo Suggia, onde destacados violoncelistas realizarão no Porto recitais com o violoncelo Montagnana “Suggia”, com o apoio da Direção Geral das Artes e da Câmara Municipal do Porto.

Filipe Quaresma toca com um violoncelo de Christian Bayon, um violoncelo de John Betts (final do século XVIII) e um violoncelo de António Capela.

2025

Filipe Quaresma
Filipe Quaresma