Ashot Sarkissjan
Nascido na Arménia, o violinista Ashot Sarkissjan tem marcado presença nos palcos da nova música desde 2002, ano em que se juntou ao Ensemble intercontemporain. Foi nesta formação que teve contacto próximo com compositores como Pierre Boulez, György Kurtág e Brian Ferneyhough. Ao integrar o Arditti Quartet, em 2005, passou a trabalhar com os mais destacados compositores contemporâneos e participou numa discografia que inclui as integrais dos quartetos de cordas de Helmut Lachenmann, Jonathan Harvey, Pascal Dusapin, Harrison Birtwistle e Brian Ferneyhough.
Das suas apresentações a solo, destacam-se os concertos de Kurt Weill (com o Ensemble intercontemporain), György Ligeti (com a Stavanger Sinfoniorkester) e James Dillon (com a Orquestra Sinfónica da Rádio Finlandesa), bem como, mais recentemente, B-Partita de Philippe Manoury e Le stagioni artificiali de Salvatore Sciarrino com o Remix Ensemble Casa da Música.
Entre as obras escritas para Ashot Sarkissjan estão Giacometti’s Razor para violino solo de Steven Daverson (2014), Socialist Fucking Realism para violino e coro falado de Philip Venables (2013), cleft para violino e violoncelo de Mark Barden (2017), [super[P|PE(s)] para violino e ensemble de Andrzej Kwieciński (2017), The Su SongStar Map para violino solo de Liza Lim (2018) e No Exit para violino solo num monitor de videovigilância e altifalantes ocultos de Joshua Fineberg (2023). O seu interesse paralelo pelas formas musicais menos académicas levou-o à participação nos álbuns TheMarriage of True Minds (2013) e The Consuming Flame: Open Exercises in GroupForm (2020), do grupo de música eletrónica Matmos.
Ashot Sarkissjan vive no Porto desde 2018 e integra o Remix Ensemble Casa da Música desde 2022. Toca num violino de 2002, construído por Stephan von Baehr.