Formação
Desde a abertura da Casa da Música, em 2005, que a Formação faz parte da oferta anual do Serviço Educativo com propostas direcionadas para profissionais da área da música, para docentes – de música e não só – ou para melómanos, que desejem aprofundar o conhecimento sobre o trabalho em comunidades e criação coletiva, com cariz eminentemente prático.
A Formação divide-se em três grupos: Formar na Casa, Curso Livre de História da Música e Curso de Formação de Animadores Musicais pensado para músicos e formadores
FORMAR NA CASA
As ações formativas, com uma duração de quatro horas, propõem novas e diferentes respostas para necessidades práticas do trabalho com a música. Visam ajudar a capacitação de pessoas que, estando no terreno, desejam produzir mais e melhor – daí os seus muitos destinatários: professores dos ensinos pré-escolar, básico e secundário, músicos, formadores, programadores, artistas digitais, auxiliares de ação educativa, entre outros. Com as propostas do Formar na Casa mostra-se a música enquanto elemento ativo no processo de educação, indutor da lógica e da criatividade, mas também auxiliador na gestão das emoções.
18º CURSO DE FORMAÇÃO DE FORMADORES MUSICAIS
A necessidade de qualificar músicos preparados para dinamizar atividades com comunidades e liderar intervenções criativas levou-nos a criar este curso logo em 2005. 17 edições depois o panorama está melhor, mas a pertinência da nossa proposta formativa e artística prevalece. São já mais de 200 os músicos que este programa realizado ao longo de cada ano letivo permitiu formar. Uns estão inseridos em projetos disseminados pelo país, outros desenvolvem trabalho nos mais variados pontos do mundo. E muitos são hoje formadores deste Serviço Educativo. Improvisação, interação, liderança e trabalho em equipa são competências potenciadas num programa de criação e animação musical associado a projetos artísticos com comunidades de distintos contextos socioculturais. A formação – orientada por criadores reconhecidos internacionalmente – é também uma oportunidade de os formandos se valorizarem enquanto performers, constituindo-se como ensemble musical.
21+22.10 · 11+12.11 · 02+03.12
1.º Módulo
Sam Mason e Tim Steiner formadores
20+21.01 · 24+25.02 · 23+24.03 · 24+25+26.04
2.º Módulo – Projeto Abril
Jorge Queijo e Tim Yealland formadores
11+12.05 · 15+16.06 · 03+04+05+06+07.07
3.º Módulo – Projeto Sonópolis
Paul Griffiths e Pete Letanka formadores
MÓDULO € 125
Inscrições através de envio de CV para [email protected] até dia 24 de Setembro de 2023
15º CURSO LIVRE DA HISTÓRIA DA MÚSICA · 2024
segundas 17:30-19:15 Casa da Música
MÓDULO €35
CURSO NA TOTALIDADE €110
mais info: [email protected]
Hibridismo, Zonas de Contacto e Ouvidos Diaspóricos
15, 22 e 29 janeiro
Formador: João Silva
O presente módulo foca as músicas do espaço lusófono num período de intensa transformação. Tem início com a Conferência de Berlim, que estabeleceu novas regras para a exploração europeia da África, e termina com a Primeira Exposição Colonial Portuguesa. Nesse período, de intensa mudança, transformaram-se as cidades e as relações entre territórios. Géneros musicais híbridos, como o maxixe e a morna, desenvolveram-se em contextos urbanos e músicas africanas foram recolhidas por exploradores e missionários. Companhias teatrais circulavam no espaço atlântico e transportavam géneros musicais que se fixaram nas primeiras gravações fonográficas. Grupos de danças tradicionais africanas apresentavam-se nas cidades europeias em eventos glorificadores dos impérios. A disseminação do jazz após a Primeira Guerra Mundial reconfigurou essa relação de forças. Neste módulo, procuramos acompanhar a cultura do modernismo popular criada por músicas que se estabeleceram e disse- minaram nas diásporas, do Rio de Janeiro a Paris, passando por Lisboa, Cabo Verde Angola e Moçambique.
04, 11 e 18 março
Formador: André Granjo
São mais de 700, espalhadas por todo o território continental e ilhas, contando já com séculos de história. Têm importantes papeis nas suas comunidades e foram fundamentais da evolução da qualidade da educação musical em Portugal. Este módulo pretende abordar a importância cultural, educativa e histórica destas instituições.
20 e 27 maio; 03 junho
Formador: Nacho Rodriguez
Já Charles Darwin teorizou que, na sua evolução, o ser humano foi primeiro capaz de cantar e só mais tarde de falar. Neste módulo traça-se um percurso histórico do canto lírico ao som de algumas das vozes mais icónicas da história da música e discute-se as classificações vocais e os seus repertórios específicos, sem esquecer os aspetos fisiológicos da voz.
23 e 30 setembro; 07 outubro
Formador: a anunciar
Viola toeira, viola da terra, braguinha, viola campaniça, viola braguesa, viola amarantina, viola beiroa, cavaquinho e guitarra portuguesa (de Coimbra e de Lisboa), são alguns dos ele- mentos da família dos cordofones de origem portuguesa. A estes juntam-se os membranofones, os idiofones e os aerofones, neste que será um olhar sobre os instrumentos musicais de origem portuguesa.
Da Renascença a Fernando Lopes-Graça
04, 11 e 18 novembro
Formador: Daniel Moreira
Neste módulo, exploram-se diferentes perspetivas sobre a música coral portuguesa. Abordam-se, desde logo, alguns momentos históricos relevantes, dos polifonistas seiscentistas ibéricos à música de inspiração folclórica no século XX e à multiplicidade de abordagens mais recentes (do final do século XX à atualidade). O módulo centra-se na perspetiva do compositor, discutindo-se, por um lado, aspetos gerais da composição para coro e, por outro, algumas especificidades de compor para coro na língua portuguesa. Discute-se também a influência das circunstâncias práticas e institucionais, mostrando como a música que se escreve se associa à evolução da prática coral no país.