A Quarta de Brahms

Orquestra Sinfónica do Porto Casa da Música

Miguel Sepúlveda é um destacado elemento da nova geração de maestros portugueses, com uma carreira que tem crescido de forma imparável desde que ganhou o Prémio Jovens Músicos, em 2022. Dirige um concerto de magníficas sinfonias, todas elas evocativas de tempos anteriores. Mendelssohn tinha apenas 14 anos quando escreveu a 10.ª Sinfonia para cordas, ainda antes de alcançar a fama, e nela ouve-se o espírito dos clássicos vienenses, como Haydn ou Mozart. Foi precisamente Haydn que influenciou várias obras de Mozart, tal como acontece no início da famosa Sinfonia “Haffner”. Mas o génio de Salzburgo cita-se também a si próprio, com um final baseado numa popular ária da ópera O Rapto do Serralho. Na sua última incursão sinfónica, Brahms elaborou uma espécie de testamento musical no qual condensou a herança do Barroco e do Classicismo nos moldes formais do Romantismo. A Sinfonia n.º 4 é um exemplo perfeito da forma como reinterpretava alusões musicais históricas nas suas obras: o quarto andamento incorpora um tema em forma de coral extraído de uma cantata de Bach, e constrói sobre ele um conjunto de variações.

Miguel Sepúlveda (© JPWadhoomall)
Miguel Sepúlveda (© JPWadhoomall)

Programa

Orquestra Sinfónica do Porto Casa da Música
Miguel Sepúlveda direção musical

Felix Mendelssohn Sinfonia para cordas n.º 10
Wolfgang Amadeus Mozart Sinfonia n.º 35, em Ré maior, Haffner

Johannes Brahms Sinfonia n.º 4

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